terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

Esperança para a família



Marcela não pôde conter as lágrimas. Parecia não existir explicação para o fato de que seu casamento se transformara em cinzas. Mãe de três filhos, profissional bem-sucedida, respeitada entre seus colegas e vizinhos, ela sempre acreditou que as diferenças com seu esposo não passavam de algumas palavras ásperas e descontentamentos passageiros. De repente, seu mundo veio abaixo.
Carlos, o esposo, achava que precisava de tempo para “pensar”. Um de seus filhos passou a andar com maus companheiros e os outros não iam bem no colégio. Por causa desses problemas, ele decidiu abandonar o lar. “Como cheguei a esta situação?” ele perguntava.
As relações familiares, atualmente, estão sob fortes pressões e conflitos. Essa crise que afeta os pais repercute e se amplia nos filhos, que estão sob fogo cruzado. A violência infantil, o uso de drogas e a rebeldia dos adolescentes são algumas das conseqüências. Quando as relações familiares entram em crise, todo o indivíduo é afetado. Torna-se difícil agir racionalmente. Os sentimentos se descontrolam, causando angústia, medo, ira e depressão. Talvez as cenas descritas acima não lhe sejam estranhas e retratem parte da dor que você está sofrendo.
A família é o único espaço que pode nos dar segurança. Quando, porém, essas relações fracassam, o resultado é dor, sofrimento e tristeza. As feridas abertas na família podem sangrar por toda a vida.
Em meio a um panorama tão escuro e desalentador, como é possível encontrar a chave da felicidade na família? Existe esperança para as crises familiares?
Angustiada, Marcela atendeu ao conselho de uma amiga e buscou força e auxílio em Deus. Começou a freqüentar uma igreja próxima de sua casa e pediu ao esposo que lhe perdoasse. Ele voltou para casa e logo toda a família passou a ir à igreja. “Deus salvou minha família e me transformou. Agora, até o relacionamento com meus filhos mudou”, disse Marcela.
A Bíblia menciona que Deus não somente Se preocupa com cada pessoa individualmente, mas também com nossa vida familiar. Por isso, na criação, Ele estabeleceu duas instituições importantes: a família (Gênesis 2:23, 24) e o sábado como dia de repouso (Gênesis 2:1-3). A família é o núcleo básico da sociedade, o o lugar em que devemos nos sentir amados e felizes. O sábado é o dia em que os membros da família devem estar juntos para adorar e honrar o Criador (Isaías 58: 13,14).
AVALIE SUA FAMÍLIA
1. Como está a comunicação entre os membros de minha família?
2. Eu e meu cônjuge nos entendemos quanto à educação de nossos filhos?
3. Quais são nossos pontos fortes?
4. Em que aspectos precisamos melhorar?
5. Sabemos perdoar um ao outro?

Deus conhece muito bem aquilo de que necessitamos para sermos felizes. “Eu sou o Senhor, o seu Deus, que lhe ensina o que é melhor para você, que o dirige no caminho em que você deve ir” (Isaías 48:17). Apesar de nossos erros, Ele nos ama continuamente, desejando sempre o melhor para nossa família. “Eu [o] amei com amor eterno; com amor leal [o] atraí” (Jeremias 31:3).
Deus jamais Se afasta de nós. Devemos buscá-Lo com todas as nossas forças. “Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração”, afirma o Senhor (Jeremias 29:13).
Depois de um estudo realizado com milhares de casais, os pesquisadores descobriram que os casamentos em que os cônjuges oram a Deus e dedicam tempo para ler a Bíblia juntos, têm 90 a 95% de possibilidade de sobreviver.
Entretanto, a maior esperança para você e sua família se encontra no breve retorno de Jesus a este mundo e na Nova Terra que Ele prometeu, onde “estaremos com o Senhor para sempre” (1 Tessalonicenses 4:17). Ali será realizada a grande reunião da família de Deus, e todos os seus membros viverão para sempre em completa harmonia.
Marcos Blanco

Não perca a FÉ

Não me ocultes o rosto no dia da minha angústia; inclina-me os ouvidos; no dia em que eu clamar, dá-Te pressa em acudir-me. Sal. 102:2.

É quase meia-noite em Talca, na parte centro-sul do Chile. O teatro regional da cidade estava lotado. Muita gente desejosa de ouvir acerca de Jesus está lotando ginásios, teatros e outros tipos de auditórios durante esta semana.

Hoje, enquanto saía do teatro, alguém colocou um papelzinho no meu bolso. No hotel, antes de dormir, li o clamor desesperado dessa pessoa. “Não suporto mais. Às vezes, penso que a única saída seria dormir e não mais acordar.”

O sono passou. O cansaço desapareceu. Tomei minha Bíblia e comecei a escrever. A introdução do Salmo 102 parece o clamor da pessoa que me entregou o bilhete. “Oração do aflito que, desfalecido, derrama o seu queixume perante o Senhor.”

O aflito e desfalecido pode ser você ou eu. Há momento na vida em que literalmente dá vontade de “dormir e não acordar mais”. Nessas horas, como é bom ler este salmo. Nele, a gente vê que não está sozinho na experiência da dor. O salmista, em muitas ocasiões, atravessou momentos de escuridão. “Ferido como a erva, secou-se o meu coração; até me esqueço de comer o meu pão”. Verso 4.

Quem tem vontade de comer quando o filho está na prisão? Quem tem ânimo para sequer olhar a comida, quando o casamento está caindo aos pedaços? Aonde vão os filhos de Deus nessas horas?

Este salmo, composto de 28 versos, é o drama de uma pessoa que, apesar do sofrimento, não perde a fé. O salmista sabe em quem confiar. O inimigo pode tirar tudo dele, menos sua confiança no Deus todo-poderoso. O último verso é uma visão extraordinária do futuro, apesar do sofrimento presente. “Os filhos dos teus servos habitarão seguros”, afirma o salmista, “e diante de ti se estabelecerá a sua descendência.”

Por isso, hoje, não se deixe intimidar pelas sombras da vida. Você tem um Deus que não conhece derrota. Não desanime. Não permita que a confiança fuja. Embora seu coração gema de dor, olhe para cima e diga com as forças que ainda lhe restam: “Não me ocultes o rosto no dia da minha angústia; inclina-me os ouvidos; no dia em que eu clamar, dá-Te pressa em acudir-me.”